E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus.
E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.
E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. (ATOS 11-19-21)
Temos aqui um fato importante no processo de evangelização e
crescimento da igreja de atos, que até este momento estava restrito o
evangelismo somente entre as comunidades judaica, e também entre os apóstolos
ainda gerava se embates quanto a admissão de gentios na igreja. Vemos aqui
também um grande salto neste processo da propagação do evangelho, levando em
conta que o contexto na qual se encontrava os primeiros discípulos era de
grande perseguição que se deu contra a igreja e que desencadeou a fuga de
muitos discípulos para outras cidades uma delas foi Antioquia
O que me chama a atenção ao texto é que não se menciona o
nome desses discípulos que fundaram a igreja de Antioquia, o autor de atos
Lucas não menciona a identidades deste crentes (talvez por não ter conhecido pessoalmente estes discípulos) que com
coragem e cheios do Espirito Santo anunciaram o evangelho aos cidadãos de
Antioquia que nos podemos denomina-los
“os anônimos de Cristo”
Mas surge outro fato surpreendente. Este
incidente dá começo a uma seção de Atos em que Antioquia ocupa o lugar
principal. Antioquia era a terceira cidade do mundo em tamanho. Só Roma e
Alexandria eram maiores. Estava localizada perto da desembocadura do rio
Orontes a uns vinte e quatro quilômetros do Mediterrâneo. Era uma bela e cosmopolita
cidade. Mas era sinônimo de imoralidade e luxúria. Era famosa por suas
carreiras de carros e por uma busca deliberada do prazer que se desenvolvia
literalmente dia e noite. Em termos modernos, podemos descrevê-la como uma
cidade enlouquecida pelo jogo, as apostas e os clubes noturnos. Mas acima de
tudo era famosa pelo culto a Dafne cujo templo estava a uns oito quilômetros da
cidade nos bosques de louros. A lenda diz que Dafne era uma jovem mortal da
qual Apolo se apaixonou. Perseguiu-a, e para salvar-se ela se converteu em uma
planta de louro. As sacerdotisas do templo de Dafne eram prostitutas sagradas
e, todas as noites, nestes bosques de louro se reiniciava a perseguição das
sacerdotisas por parte de seus fiéis. "A moral de Dafne" era uma
frase que todo mundo utilizava significando uma forma de vida desregrada e
luxuriosa. Parece incrível, e entretanto é certo, que em uma cidade como esta o
cristianismo deu o grande passo para converter-se na religião do mundo. Basta
pensar nisto para descobrir que não existem situações desesperadoras. ( Atos William
Barclay)
A tragédia da Igreja nesses
últimos tempos é o contraste desta belíssima história de atos com o
contexto espiritual e social e religioso onde se encontra a igreja de Cristo
que em “continuidade” do livro de Atos
que terminou abruptamente deixando a entender que os atos da igreja continua ou
devia continuar em proporções maiores moral e espiritual, vemos que já não é
mais a mesma fé, e o mesmo estilo de vida dos primeiros Cristãos, o que os homens querem mais é aparecer, serem
vistos, reconhecidos, elogiados quando acham que fazem algo valioso para o
reino. A igreja precisa é de homens e mulheres que cumpram suas tarefas, seus
ministérios sem se preocupar com os holofotes, luzes câmeras, fama ou projeção
de nível, “nacional ou internacional” seus nomes não e suas pseudos
personalidades não são relevantes no que condiz a propagação ao reino de Deus e os benefícios que o evangelho traz para a vida daqueles que creem.
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Pastor André Dutra
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