domingo, 25 de agosto de 2013

OS ANÔNIMOS DE CRISTO


E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus.
E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.
E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. (ATOS 11-19-21)

Temos aqui um fato importante no processo de evangelização e crescimento da igreja de atos, que até este momento estava restrito o evangelismo somente entre as comunidades judaica, e também entre os apóstolos ainda gerava se embates quanto a admissão de gentios na igreja. Vemos aqui também um grande salto neste processo da propagação do evangelho, levando em conta que o contexto na qual se encontrava os primeiros discípulos era de grande perseguição que se deu contra a igreja e que desencadeou a fuga de muitos discípulos para outras cidades uma delas foi Antioquia
O que me chama a atenção ao texto é que não se menciona o nome desses discípulos que fundaram a igreja de Antioquia, o autor de atos Lucas não menciona a identidades deste crentes (talvez por não ter conhecido pessoalmente estes discípulos) que com coragem e cheios do Espirito Santo anunciaram o evangelho aos cidadãos de Antioquia  que nos podemos denomina-los “os anônimos de Cristo”
 Mas surge outro fato surpreendente. Este incidente dá começo a uma seção de Atos em que Antioquia ocupa o lugar principal. Antioquia era a terceira cidade do mundo em tamanho. Só Roma e Alexandria eram maiores. Estava localizada perto da desembocadura do rio Orontes a uns vinte e quatro quilômetros do Mediterrâneo. Era uma bela e cosmopolita cidade. Mas era sinônimo de imoralidade e luxúria. Era famosa por suas carreiras de carros e por uma busca deliberada do prazer que se desenvolvia literalmente dia e noite. Em termos modernos, podemos descrevê-la como uma cidade enlouquecida pelo jogo, as apostas e os clubes noturnos. Mas acima de tudo era famosa pelo culto a Dafne cujo templo estava a uns oito quilômetros da cidade nos bosques de louros. A lenda diz que Dafne era uma jovem mortal da qual Apolo se apaixonou. Perseguiu-a, e para salvar-se ela se converteu em uma planta de louro. As sacerdotisas do templo de Dafne eram prostitutas sagradas e, todas as noites, nestes bosques de louro se reiniciava a perseguição das sacerdotisas por parte de seus fiéis. "A moral de Dafne" era uma frase que todo mundo utilizava significando uma forma de vida desregrada e luxuriosa. Parece incrível, e entretanto é certo, que em uma cidade como esta o cristianismo deu o grande passo para converter-se na religião do mundo. Basta pensar nisto para descobrir que não existem situações desesperadoras.                                                                                                                ( Atos William Barclay)
A tragédia da Igreja nesses  últimos tempos é o contraste desta belíssima história de atos com o contexto espiritual e social e religioso onde se encontra a igreja de Cristo que  em “continuidade” do livro de Atos que terminou abruptamente deixando a entender que os atos da igreja continua ou devia continuar em proporções maiores moral e espiritual, vemos que já não é mais a mesma fé, e o mesmo estilo de vida dos primeiros Cristãos,  o que os homens querem mais é aparecer, serem vistos, reconhecidos, elogiados quando acham que fazem algo valioso para o reino. A igreja precisa é de homens e mulheres que cumpram suas tarefas, seus ministérios sem se preocupar com os holofotes, luzes câmeras, fama ou projeção de nível, “nacional ou internacional” seus nomes não e suas  pseudos  personalidades não são relevantes no que condiz a propagação ao reino de Deus e os benefícios que o evangelho traz para a vida daqueles que creem.

Os “anônimos de Cristo” em Atos não foram grandes oradores como temos hoje em nossos altares, não foram artistas gospeis que fazem seus shows com seus altos caches, não fizeram por amor ao dinheiro a fama nem por troféus que o mundo oferece aos artistas gospeis do momento, não! Mas eles foram perseguidos, maltratados eles não ganharam no mundo mas perderam neste mundo, suas casas, seus bens seus entes querido é até suas próprias vidas para proclamarem o evangelho da Graça e salvação, não receberam aplausos e elogios, mas foram perseguidos, queimados em fogueiras, lançados em arenas como espetáculos aos homens para serem mortos por gladiadores e feras que os dilaceravam e mesmo assim em meio as dores e sofrimentos cantavam, louvavam e adoravam a Deus,  sim esses “anônimos de Cristo” que o império “o estado” reconheceram como dignos de morte e desprezo, mas Deus não se envergonha de reconhecê-los!.  Que contraste é a igreja atual com aquela que vemos em atos, com a que vemos no decorrer da história da igreja, (os quais o mundo não era digno)


Sim foi estes homens e mulheres que não tiveram seus nomes registrados, que com ousadia e coragem e com os sangue que se derramou deles pois reconheciam eles que o Senhor derramou o seu sangue precioso por amor de todos nós eles também não hesitaram em resistir até o escorrimento de seus próprios sangue por amor ao o evangelho que chegou em a cidade de Antioquia e assim até os confins da terra, hoje ao menos derramamos uma gota de lagrimas pelos perdidos, não se movemos nem sequer em direção aos desprezados do mundo aos que vivem na sombra da morte aqueles que vivem sem esperança os viciados, os alcoólatras, as prostituas, homossexuais, aos mendigos aos órfãos as viúvas, nossas idas e vindas estão mais restritas aos shoppings aos cinemas aos parque de diversões, e até a igrejas, como indiferentes, com motivações erradas atrás de entretenimento dos pop stars dos altares, buscando ouvir mensagens que mais entorpecem a alma dos ouvintes do que vivifica-los, mensagens humanistas, de prosperidade, mensagens politicamente correta fazendo dos crentes apenas bons mocinho e boas mocinhas(moralistas e fariseus) mas nunca verdadeiros adoradores.


Pastor André Dutra

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